Composição do sangue e do leite em ovinos leiteiros do sul do Brasil: variações na gestação e na lactação
Arnt Brito, MarceloDiaz González, FélixAlberto Ribeiro, LuizCampos, RómuloLacerda, LucianaRick Barbosa, PatríciaBergmann, Guiomar
A ovinocultura de leite tem avançado no Rio Grande do Sul nos últimos anos, sem o conhecimento das variações nos parâmetros metabólicos e de composição do leite que possa servir de apoio à pesquisa e à clínica. Este trabalho teve por objetivo estudar a variação dos perfis metabólico e hematológico e da composição do leite em ovinos leiteiros da raça Lacaune criados em regime de confinamento na Serra Gaúcha. O trabalho foi realizado no município de Bento Gonçalves (região serrana do RS). Foram coletadas amostras de sangue de 14 animais por venipunção jugular para a realização de hemograma e do perfil bioquímico, em cada uma das seguintes categorias: ovelhas vazias; aos 60, 90 e 120 dias de gestação e aos 7, 30, 60 e 140 dias de lactação. Durante os mesmos períodos da lactação, foram coletadas amostras para a determinação dos componentes físico-químicos do leite. A acidez Dornic e o teor de proteína e gordura do leite foram diferentes dos citados em outros países. O perfil metabólico apresentou maiores variações com relação à média no final da gestação e no início da lactação. A uréia mostrou diferença (P 0,05) entre a gestação e a lactação. Os valores de glicose e fructosamina diminuíram e os de beta-hidroxibutirato aumentaram (P 0,05) no final da gestação. Com o avanço da lactação, houve diminuição da glicose e aumento do colesterol (P 0,05). O fósforo apresentou diminuição 30 dias após o parto (P 0,05). Os parâmetros hematológicos não mostraram diferença nos períodos fisiológicos estudados, com exceção dos neutrófilos segmentados, que aumentaram com o avanço da gestação. Os dados encontrados servem como referência para estudos sobre nutrição, metabolismo e qualidade do leite em ovelhas leiteiras.
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