A bipartição como alternativa para melhorar os índices de gestação na transferência de embriões eqüinos
Luiz da Silveira, LeonardoVieira de Souza, RegivaldoSoter Sousa Melo, NatalieGelson Pezzini, TomazMcManus, ConceptaRumpf, Rodolfo
A transferência de embriões (TE) já vem sendo utilizada em eqüinos há pelo menos duas décadas, sempre a partir de ovulação simples. Para aumentar a eficiência reprodutiva, este estudo avaliou a bipartição embrionária como uma alternativa para melhorar os índices de gestação na transferência de embriões em eqüinos. Foram utilizadas 21 éguas de diferentes padrões raciais, com idade variando entre 4 e 15 anos de idade, pesando entre 270 a 480kg. A partir da identificação do cio (rufiação), os animais foram monitorados através de exames ultra-sonográficos trans-retais até o momento da ovulação, sendo as receptoras, uma vez ao dia e as doadoras três vezes ao dia. As receptoras utilizadas ovularam um dia antes ou até três dias depois das doadoras. As doadoras foram coletadas entre 144 e 156 horas após a ovulação (D0). Foram recuperados 20 embriões (mórulas) em 29 coletas (68,96%), sendo que 10 embriões foram transferidos inteiros (T1), e 10 embriões foram bipartidos (T2), originando 20 hemi-embriões e transferidos para 20 receptoras. Não houve diferença na taxa de prenhez entre os grupos, T1, 70% (7/10), e T2, 50% (10/20) (P>0,05). Em relação ao número inicial de embriões em cada grupo (10), houve diferença na taxa de prenhez entre os grupos, T1, 70% (7/10) e T2, 100% (10/10) (P 0,05). Estes resultados indicam um incremento no número de gestações obtidas quando é utilizada a técnica de bipartição embrionária na transferência de embriões eqüinos em função do número inicial de embriões coletados. Desta forma, esta técnica pode melhorar os índices de prenhez na transferência de embriões em eqüinos.
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