Épocas e métodos de aplicação de nitrogênio em milho cultivado no sistema plantio direto
Delmar, PöttkerWiethölter, Sírio
O milho (Zea mays L.), no sistema plantio direto, frequentemente é cultivado após cereais de inverno. Durante a decomposição de resíduos culturais pode ocorrer imobilização de nitrogênio (N) e limitação do desenvolvimento da cultura. Visando avaliar métodos de manejo de N sobre a produtividade de milho, cinco experimentos foram conduzidos, durante o período 1997 a 2002, sob sistema plantio direto. Aveia preta (Avena strigosa Schrieb) foi cultivada como cultura de cobertura precedendo o milho, tendo sido dessecada no estádio de antese. O delineamento experimental dos experimentos foi blocos ao acaso, com quatro repetições e com número de tratamentos de 8 a 12. O N foi aplicado em diferentes modos (na superfície, a lanço e incorporado, em linhas) e épocas (em pré-semeadura, na semeadura e na semeadura + cobertura), em dose única de 100kg ha-1, na forma de uréia. No primeiro ano de avaliação (1997/98) ocorreu elevada precipitação pluvial, observando-se rendimentos de grãos maiores nos tratamentos em que o N foi aplicado na semeadura e cobertura, enquanto os demais tratamentos conferiram rendimentos inferiores e semelhantes entre si. Nas safras seguintes, com menor precipitação pluvial do que em 1997/98, não se observaram diferenças significativas entre os tratamentos com aplicação antecipada de N e naqueles com adubação em cobertura, exceto na safra 2000/2001, nos tratamentos com aplicação em pré-semeadura a lanço. Considerando o efeito médio dos tratamentos, observou-se que a aplicação de N alguns dias após a dessecação de aveia preta, totalmente no momento da semeadura de milho, ou na semeadura e em cobertura são práticas viáveis no sistema plantio direto. A incorporação de N em relação à aplicação a lanço, tanto em pré-semeadura, na semeadura ou em cobertura, proporcionou, em média, acréscimos de 5% no rendimento de grãos de milho.
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