Estimativas de repetibilidade para produção de matéria seca em alfafa
de Souza-Sobrinho, FaustoJosé da Silva Lédo, FranciscoVander Pereira, AntônioAndrade Botrel, MiltonRicardo Evangelista, AntônioCeluta Machado Viana, Maria
Com o aumento da competitividade do setor produtivo, a pecuária leiteira brasileira busca, de todas as formas, sistemas de produção que obtenham maior produtividade e menor custo. Entre as estratégias adotadas para tal fim, estão a melhoria da qualidade do rebanho e da forragem fornecida aos animais, de modo que estes expressem todo o seu potencial produtivo. A alfafa, conhecida pela excelente qualidade forrageira e boa palatabilidade, surge como boa opção. Entretanto, ainda há muito o que se trabalhar para a obtenção de cultivares melhor adaptadas às condições tropicais. Informações teóricas sobre características de importância forrageira são necessárias para a orientação dos programas de melhoramento. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi estimar o coeficiente de repetibilidade para a produtividade de matéria seca de alfafa na região Sudeste do Brasil e determinar o número ideal de avaliações para a seleção dos genótipos superiores, por meio de quatro metodologias diferentes. Utilizaram-se dados de produtividade de matéria seca obtidos em quatro ensaios de comparação de cultivares de alfafa, conduzidos em diferentes regiões do Estado de Minas Gerais. Estimou-se o coeficiente de repetibilidade (r), para cada um dos ensaios, por meio dos métodos da análise de variância (Anova), dos componentes principais com base na matriz de covariância (CP-1) e de correlação (CP-2), e pela análise estrutural baseada na matriz de correlação. Observou-se que houve boa concordância entre as diferentes metodologias de estimação do coeficiente de repetibilidade em todos os ensaios. A estimativa média de repetibilidade para produção de matéria seca de alfafa nos quatro ensaios avaliados foi de 0,59, com coeficiente de determinação médio de 0,96. Constatou-se, também, que a realização de apenas quatro cortes, em média, foram suficientes para se conhecer o real valor genotípico das cultivares testadas, com 85% de confiabilidade.
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