Rendimento de grãos da soja em função do arranjo de plantas
Rambo, LisandroAntonio Costa, JoséLeonardo Fernandes Pires, JoãoParcianello, GeovanoGutheil Ferreira, Felipe
A identificação do arranjo de plantas que resulte em menor competição intraespecífica permite melhor aproveitamento dos recursos disponíveis para o crescimento e rendimento de grãos da soja. O experimento foi conduzido na Estação Experimental Agronômica da UFRGS em Eldorado do Sul, RS, na estação de crescimento 2000/01, objetivando avaliar como o arranjo de plantas de soja modifica a competição intraespecífica e de que forma isto se reflete no rendimento de grãos e seus componentes. Utilizou-se a cultivar 'BRS 137' (semiprecoce, determinada) em semeadura direta. O delineamento experimental foi de blocos casualizados com parcelas sub-subdivididas e quatro repetições. Os tratamentos constaram de dois regimes hídricos (irrigado e não irrigado); dois espaçamentos entre linhas (20 e 40cm), e três populações de plantas (20, 30 e 40 plantas.m-2). O rendimento de grãos foi afetado pela irrigação e pela interação espaçamento e população. O tratamento irrigado (5015kg.ha-1) apresentou rendimento de grãos 18% superior ao não irrigado (4253kg.ha-1). A maior taxa de enchimento de grãos (TEG), que resultou no maior peso do grão, explica o maior rendimento obtido no tratamento irrigado. O arranjo de plantas que proporcionou maior rendimento de grãos foi a associação do espaçamento de 20 cm com a população de 20 plantas.m-2, obtendo-se 5014kg.ha-1 em comparação a 4322kg.ha-1 em 40cm de espaçamento. Houve decréscimo linear no rendimento com o aumento da população de plantas no espaçamento reduzido (20cm). Estes resultados são conseqüência do maior número de ramos, nós férteis e de legumes férteis.m-2 obtidos. O arranjo com 20cm de espaçamento e 20 plantas.m-2 amenizou a competição intraespecífica, resultando em maior rendimento de grãos.
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