Potencial de emissão de metano em lavouras de arroz irrigado
Agostinetto, DirceuGilberto Fleck, NilsonAntonio Rizzardi, MauroAntonio Balbinot Jr, Alvadi
Nos últimos anos, grande atenção tem sido dirigida aos problemas potenciais ocasionáveis pelo "efeito estufa". O homem, através da atividade industrial, consumo de combustíveis fósseis, destruição de florestas e da adoção de certas práticas agrícolas, é o principal responsável pelo fenômeno. Os principais gases que causam o efeito estufa são dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e clorofluorcarbonos (CFCs). O metano destaca-se dentre eles pela quantidade produzida e pela atividade na absorção do calor atmosférico. As principais fontes produtoras de metano são solos naturalmente alagados ou cultivados sob inundação, os quais respondem por aproximadamente 40% do total de metano emitido; destes, 37% são emitidos a partir do arroz cultivado sob inundação. Neste contexto, a presente revisão de literatura tem como objetivos descrever os processos que governam a produção e a emissão de metano, bem como discutir práticas de manejo e características da cultura que afetam a emissão do gás. Do total de metano originado em lavouras de arroz durante a estação de crescimento, entre 60 e 90% dá-se através das plantas de arroz. Embora o metano não seja o principal responsável pelo efeito estufa e a orizicultura não represente a maior fonte produtora de metano, a redução na emissão do gás poderá ser alcançada através de alterações nas práticas de cultivo do arroz. Dentre as alternativas que podem ser trabalhadas incluem-se os manejos da água de irrigação e da adubação e a utilização de cultivares do cereal que apresentem menor número de aerênquimas e menor produção de fitomassa, mas que mantenham o potencial de rendimento da cultura.
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