Eletrocardiografia em cães anestesiados com cetamina-s ou cetamina
Pereira de Souza, AlmirCarareto, RobertaNunes, NewtonValeiro Leite, AlessandraParrilha de Paula, Danielli
A cetamina, fármaco derivado da fenciclidina, há muito é usada na anestesia veterinária, sendo que o seu isômero (+), a cetamina S, recém-lançada no mercado, tem tido emprego principalmente na anestesia humana. Em vista disso, objetivou-se, com este experimento avaliar comparativamente, as possíveis alterações eletrocardiográficas em cães anestesiados com cetamina S ou cetamina e avaliar as freqüências respiratória e cardíaca, saturação de oxihemoglobina e pressão arterial. Para tanto, foram utilizados 10 cães adultos, machos e fêmeas, sem raça definida e hígidos. Os animais foram distribuídos em dois grupos (G1 e G2) de igual número. Ao G1 administrou-se, por via intramuscular, cetamina S na dose de 20mg/kg, e ao G2, cetamina na mesma dose e via de administração empregados no G1. As observações das variáveis tiveram início imediatamente antes da aplicação dos fármacos (M1) e a cada 10 minutos (M2, M3 e M4, respectivamente). Os dados numéricos foram submetidos ao teste de Tukey, para análises repetidas no grupo, a fim de verificar significado estatístico ou não entre as médias, nos vários momentos, sendo considerado o nível de significância de 5% (p 0,05). Os resultados apresentados foram elevação da freqüência cardíaca com o uso de ambos os fármacos, discretas alterações na pressão arterial, nenhuma variação da SpO2 e impossibilidade de identificar alterações eletrocardiográficas de importância clínica entre os grupos estudados. Assim, pode-se admitir como hipótese conclusiva que as cetaminas S e racêmica apresentam efeitos similares na condutividade elétrica do miocárdio.
Texto completo