Auto-enxerto percutâneo de medula óssea em coelhos: I. Coleta, preparo e aplicação
Vieira da Silva Gouvea de Barros, SéforaJunqueira Del Carlo, RicardoIsabel Vargas, MarleneRezende Galvão, SimoneMaia Filho, Alfredo
Foram utilizados 36 coelhos da raça Nova Zelândia Branca, machos, com peso médio de 3,5kg e idade entre cinco e seis meses para avaliação da coleta, do preparo e da técnica de aplicação do auto-enxerto percutâneo de medula óssea (MO). Em 20 coelhos anestesiados, uma agulha para punção de MO foi inserida na crista ilíaca, sendo a medula aspirada com auxílio de seringa de 20m img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> heparinizada. As 20 amostras obtidas foram preparadas de duas maneiras, utilizando-se 10 amostras em cada procedimento: 1) medula integral: após a coleta de 1m img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif">, a amostra foi homogeneizada e, em casos de presença de coágulo, ela foi descartada; 2) medula centrifugada: após a coleta de 2m img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> a medula foi centrifugada por 10 minutos, sendo o sobrenadante removido e 1m img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> do sedimento homogeneizado. Em ambos os procedimentos, as amostras foram submetidas à contagem de células nucleadas. Nos 16 coelhos restantes, para permitir a avaliação da técnica de aplicação da MO, foi criada, cirurgicamente, uma falha óssea em ambos os rádios, pela remoção de um segmento osteoperiosteal com 1,0cm de comprimento, localizado a três centímetros da articulação rádio-carpo-ulnar. Após cinco dias da realização das falhas ósseas, os 16 coelhos foram separados em dois grupos iguais (I e II), sendo novamente anestesiados e preparados para a enxertia. No grupo I, cada animal recebeu 1,0m img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula integral, imediatamente após a coleta, em um dos rádios (tratamento) e 1,0m img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). No grupo II, cada animal recebeu 1,0m img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de medula concentrada em um dos rádios (tratamento) e 1,0m img src="http:/img/fbpe/cr/v31n6/a16img01.gif"> de solução salina fisiológica no rádio contralateral (controle). Em função da característica física da medula, a coleta das amostras constituiu-se em procedimento simples, envolvendo trauma mínimo. Foi necessária prévia heparinização da seringa de coleta, o que não impediu a osteogenicidade das células. Com relação ao preparo das amostras, observou-se ampla variação individual na contagem celular nos dois procedimentos. A concentração da medula por centrifugação não interferiu negativamente no seu potencial osteogênico. A aplicação por via percutânea mostrou-se um método simples, com mínimo trauma aos tecidos, não introduzindo tecido desvitalizado e, desta forma, reduzindo o risco de infecção e de interferência na reparação óssea. A avaliação radiográficados membros operados, realizadas no dia da enxertia e uma semana após, demonstrou a eficiência da aplicação da MO e sua atuação na formação de osso.
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