Conservação da maçã (Malus domestica Borkh.) cv. Braeburn
Brackmann, AuriJaquiel Waclawovsky, Alessandro
O experimento foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o efeito da temperatura e de diferentes regimes de armazenamento em atmosfera controlada (AC) sobre as qualidades físico-químicas e ocorrência de distúrbios fisiológicos da maçã cv. Braeburn. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com duas repetições e a unidade experimental composta por 40 frutos. Os frutos foram armazenados nas seguintes condições de AC: na temperatura de 1ºC com 1,5kPaO2/ 4,0kPaCO2, 1,5kPaO2/3,0kPaCO2, 1,0kPaO2/1,0kPaCO2, 1,0kPaO2/2,0kPaCO2, 1,0kPaO2/3,0kPaCO2 e em armazenamento refrigerado (AR) e na temperatura de 0ºC com 1,0kPaO2/3,0kPaCO2 e em AR. A umidade relativa foi mantida a 96%. As análises laboratoriais foram realizadas aos oito meses de armazenamento, na abertura das câmaras e após sete dias de exposição à temperatura ambiente (±31ºC). Logo após a retirada dos frutos da câmara, não se observaram diferenças significativas na firmeza de polpa, acidez titulável e teor de sólidos solúveis totais (SST) entre as condições de AC. Contudo, após sete dias de exposição à temperatura ambiente, o tratamento com 1,0kPaO2/3,0kPaCO2, na temperatura de 0ºC, manteve a firmeza de polpa, acidez titulável e o teor de SST mais elevados, além de não exibir degenerescência senescente. O armazenamento em AC com 4,0kPa de CO2 e o armazenamento refrigerado causaram degenerescência senescente. Já a degenerescência com cortiça foi induzida pelo uso de 3,0 e 4,0kPa de CO2, associado com 1,5kPa de O2. As podridões foram significativamente maiores em AR do que em AC, sendo mais freqüente em baixa concentração de CO2 (1kPa). A incidência de rachaduras e escaldadura foi insignificante e não foi associada a nenhuma condição de armazenamento. No armazenamento refrigerado, os frutos apresentaram qualidade insatisfatória para a comercialização e consumo após oito meses de armazenamento.
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