Incremento na densidade de plantas: uma alternativa para aumentar o rendimento de grãos de milho em regiões de curta estação estival de crescimento
Luiz de Almeida, MiltonMerotto Junior, AldoSangoi, LuísEnder, MárcioFrederico Guidolin, Altamir
O surgimento de novos cultivares de milho, de ciclo mais curto, estatura reduzida, menor número de folhas e folhas mais eretas aumentou o potencial de resposta da cultura à densidade de plantas. Essa tendência pode ser acentuada nos planaltos do Sul do Brasil, que apresentam temperatura média nos meses mais quentes inferiores a 22°C, o que resulta em menor estação estival de crescimento. Quatro experimentos foram conduzidos objetivando avaliar a viabilidade de se trabalhar com densidade de plantas maiores do que as atualmente recomendadas para esta região, como uma forma de aumentar o rendimento de grãos. Nestes experimentos, submeteram-se os híbridos Cargill 901 e XL 370 a uma população que variou de 37.000 a 100.000pl ha-1, sob diferentes situações de manejo. Em três dos quatro experimentos realizados, o uso de densidade de plantas superior a 60.000plha-1 maximizou o rendimento de grãos. A maior competição intraespecífica verificada nas densidades mais elevadas não reduziu drasticamente o número de espigas por planta, o que contribuiu para a melhor adaptação da cultura a densidades elevadas. Dessa forma, para locais com estação estival de crescimento mais curta, o uso de cultivares precoces, de menor porte, pode ser acompanhado pelo incremento na densidade para valores compreendidos entre 65.000 e 80.000pl ha-1. Isso é possível desde que se tenha bom nível de fertilidade no solo, boa disponibilidade hídrica e cultivares resistentes ao acamamento.
Texto completo