Mortalidade de cordeiros da raça santa inês em um núcleo de melhoramento no estado do Piauí
Nonato Girão, RaimundoPinto Medeiros, LuizSantiago Girão, Eneide
No Nordeste em geral e, particularmente, no estado do Piauí, a ovinocultura é desenvolvida em sistemas tradicionais de exploração, verificando-se um baixo desenvolvimento ponderal dos animais, baixa eficiência reprodutiva e altas taxas de mortalidade das crias. Na ovinocultura, para ser economicamente bem sucedido, é essencial uma boa eficiência reprodutiva, além de uma alta taxa de sobrevivência das crias. Por este motivo, esta pesquisa avaliou a taxa de mortalidade de cordeiros da raça Santa Inês, do nascimento ao desmame (120 dias). O rebanho foi mantido em pasto nativo, com suplementação alimentar nos períodos críticos e submetido a dois sistemas de manejo: um parto/ano e três partos em dois anos. Avaliou-se a taxa de mortalidade, levando-se em conta o tipo de parto, o sistema de manejo adotado, o ano e a época de nascimento. A taxa geral de mortalidade foi de 15,18%. Nas crias nascidas de partos gemelares elevou-se para 24,74%, diferindo estatisticamente (P 0,01) em relação à taxa de mortalidade nos nascimentos simples. Ainda com relação aos nascimentos gemelares, o tipo de manejo animal adotado teve efeito significativo (P 0,05) na taxa de mortalidade, com maior taxa (29,74%) nas crias do sistema com três partos em dois anos. Observou-se maior taxa de mortalidade quando os nascimentos coincidiram com a época seca do ano.
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