Avaliação de métodos de controle da infecção pelo vírus da leucose enzoótica bovina
Machado Braga, FátimaWilli van der Laan, CarlosCoelho Halfen, DanizaVidor, Teimo
Foram avaliadas três alternativas de controle da infecção pelo vírus da Leucose Bovina: a) eliminação dos animais soropositivos: b) segregação dos animais soropositivos: c) manejo misto dos animais, com adoção de medidas recomendadas para evitar a transmissão do vírus. O primeiro teste sorológico realizado em oito propriedades leiteiras revelou a presença da infecção com índices que variaram entre 2,5% (1/40) e 58,1% (18/31). Duas propriedades com baixo nível de infecção inicial ( 10%) optaram pela eliminação total dos animais positivos. Uma dessas propriedades apresentou resultados imediatos, com taxa de incidência nula (0/39) durante o período de doze meses, enquanto a outra, que não eliminou prontamente o animal positivo, apresentou incidência de 20,0% (3/15) no mesmo período. A eliminação dos animais reagentes, nas propriedades que apresentaram um baixo nível de infecção, demonstrou ser uma forma eficiente para a erradicação da infecção. A segregação dos animais soropositivos, com a formação de dois rebanhos, foi implantada em uma propriedade, onde apenas um animal soroconverteu durante o experimento, observando-se uma incidência de 4,5% (1/22) ao final do estudo. As propriedades que adotaram o programa de controle através do manejo misto de animais infectados e não infectados apresentaram resultados muito variados, demostrando índices de soroconversão entre 2,6% (1/38) a 50,0% (4/8), indicando que esse tipo de controle necessitaria de um tempo maior para alcançar os objetivos. Foi possível a obtenção de descendentes soronegativos através da substituição ou motivação pelo calor do leite materno administrado aos torneiros. A redução dos níveis de infecção em um rebanho, sem a necessidade do descarte imediato dos animais infectados, é possível a partir da substituição de ventres pelas novilhas da própria granja.
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