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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Levantamento sorológico da infecção pelo vírus da leucose bovina nos rebanhos leiteiros do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil

Pires Departamento de Microbiologia e Parasitologia (DMP)) Moraes, MauroDepartamento de Medicina Veterinária Preventiva (DMVP) Departamento de Microbiologia e Parasitologia (DMP)) Weiblen, RudiFurtado Departamento de Medicina Veterinária Preventiva (DMVP) Departamento de Microbiologia e Parasitologia (DMP)) Flores, EduardoCésar Dias Oliveira, JoãoCezar Rebelatto, MarlonZanini, MarildoRabuske, Martade Oliveira Hübner, SílviaMachado Pereira, Neíte

O vírus da Leucose Enzoótica Bovina (VLB) causa uma infecção persistente em bovinos, sendo responsável por perdas econômicas significativas para a pecuária bovina. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da infecção pelo VLB no rebanho leiteiro do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil e estudar alguns aspectos epidemiológicos da infecção. Um total de 39.799 amostras de soro. coletadas em 4.200 propriedades de 172 municípios, distribuídos em 9 regiões geográficas, foram testadas pela técnica de imunodifusão em gel de ágar (IDGA), com antígeno glicoprotéico (glicoproteína gp 51). Os exames sorológicos revelaram 3.645 (9,2%) amostras positivas. No entanto, a prevalência média do Estado, quando foi considerada aproximadamente 1% da população em cada região, foi de 12,0% (1.295/10.357) e 29,1% (385/1.321) das propriedades apresentaram pelo menos um animal positivo. A prevalência da infecção variou de 2,2% (17,8% das propriedades) em Uruguaiana, a 19,6% (57,8% das propriedades) em São Gabriel. Foram observadas taxas de 15,5% (41.8% das propriedades) na grande Porto Alegre; 9,9% (64,4%) em Pelotas: 19,4% (42,9%) em Bagé; 9,2% (36,2%) na grande Santa Rosa; 12.9% (37,8%) em Erexim; 7,1% (26,5%) em Passo Fundo e 8,0% (33,8%) em Santa Maria. Esses resultados demonstram que a infecção pelo VLB esta amplamente distribuída no rebanho leiteiro do Estado. No entanto, os índices de infecção são relativamente baixos se comparados com índices de outros estados e países e são compatíveis com programas de controle e erradicação.

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