Competição entre plantas com ênfase no recurso luz
Renato Tavares de Castro, CarlosGarcia, Rasmo
A competição entre plantas pelos diferentes fatores da produção vem recebendo, a bastante tempo, a atenção do homem. As diversas espécies vegetais reagem a cada tipo de competição de maneira diferente, mas apesar do seu importante papel na organização dos indivíduos num dado habitat, a competição inter e intra especifica é responsável pela redução da produtividade de muitas culturas, restringindo a diversificação dos consorciamentos e exigindo cuidados intensivos no controle da infestação por plantas daninhas. Nos consorciamentos, a modificação da qualidade e intensidade da radiação solar imposta pela cultura de porte mais elevado é um fator de seleção das espécies botânicas capazes de se desenvolverem sob esta condição; a melhor utilização e aproveitamento da energia solar e dos espaços vertical e horizontal aliada ao favorecimento da ciclagem de nutrientes e melhoria da estrutura do solo são vantagens explícitas do consorciamento. Muitos pesquisadores consideram a competição por luz, devido à interferência da parte aérea, mais importante e complexa do que a competição pelo substrato. Algumas espécies reagem à competição por luz ativando mecanismos complexos e se adaptando ao novo "status" de radiação, o que lhes confere uma grande capacidade adaptativa. Atualmente, um dos grandes desafios que se impõem aos pesquisadores é o desenvolvimento de técnicas de consorciamento em que se obtenha aumento da interação positiva entre as culturas, minimizando a competição. Para tal é primordial a compreensão dos processos competitivos envolvidos e este artigo apresenta uma breve revisão sobre eles.
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