Vacinas com marcadores antigênicos contra o vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina e o vírus da doença de Aujeszky
Reis Ciacci Zanella, JaniceFurtado Flores, Eduardo
Vacinas contra o herpes vírus bovino tipo-1 (IBRV, vírus da rinotraqueíte infecciosa) e o herpesvírus suíno (PRV, vírus da doença de Aujeszky) têm sido amplamente utilizadas em vários países para minimizar as perdas associadas à essas infecções. As vacinas tradicionais, no entanto, induzem uma resposta humoral indistinguível da resposta à infecção natural, o que não permite a distinção entre animais vacinados dos infectados naturalmente. Isto tem dificultado o estabelecimento de medidas de controle e erradicação dessas enfermidades. Nos últimos anos, a manipulação genética desses vírus tem permitido a obtenção de mutantes com marcadores antigênicos específicos. A estratégia consiste na deleção de uma ou mais glicoproteínas do envelope viral que não são essenciais para a replicação do vírus e o uso desses mutantes como vacinas. A utilização de um teste sorológico específico para a glicoproteína deletada permite a distinção entre animais vacinados dos infectados com o vírus de campo. A utilização de vacinas com marcadores antigênicos, também chamadas de vacinas diferenciais, tem sido a base de programas de controle e erradicação da doença de Aujeszky em vários países e começa a ser utilizada no controle da rinotraqueíte infecciosa bovina. Este artigo apresenta uma breve revisão sobre as bases moleculares e biológicas das vacinas diferenciais para o IBRV e PRV, assim como possíveis aplicações dessas vacinas no controle dessas enfermidades no Brasil em um futuro próximo.
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