Avaliação in vivo da digestibilidade da casca do grão de soja moída com ovinos
Augusto Cortíana Tambara, AntônioJorge Olivo, ClairBeatriz Gonçalves Pires, MariaMaria Bonnecarrère Sanchez, Luis
O presente trabalho foi conduzido no Departamento de Zootecnia da UFSM com o objetivo de avaliar o valor nutritivo da casca de grão de soja moída sem tostar (peneira 2,38mm, CGSM) para ruminantes. O mesmo constou de um ensaio convencional de digestibilidade in vivo com ovinos, que durou 28 dias. Foram utilizados 23 animais machos castrados, com peso vivo médio de 32,4kg, alojados individualmente em gaiolas metabólicas e sorteados em cinco grupos (tratamentos) de cinco animais (exceto T4), num delineamento estatístico inteiramente casualizado. Os tratamentos (T) testados foram: T1 = 100% de palha de arroz triturada (PAT); T2 = 75% de PAT + 25% de CGSM; T3 = 50% de PAT + 50% de CGSM; T4 = 25% de PAT + 75% de CGSM e T5 = 100% de CGSM. A CGSM utilizada neste experimento apresentou, com base na matéria seca (MS; 89,19%), 15,67% de proteína bruta (PB), 94,74% de matéria orgânica (MO), 33,82% de fibra bruta (FB), 1,65% de extrato etéreo (EE) e 43,60% de extrativo não nitrogenado (ENN). Verificou-se, através da análise de regressão, um efeito linear altamente significativo (P 0,01) e ascendente à medida que a CGSM substituiu a PAT nos tratamentos com relação a percentagem obtida para nutrientes digestíveis totais (NDT) e aos coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) da MS (CDAMS), da MO (CDAMO), da PB (CDAPB), do EE (CDAEE) e do ENN (CDAENN); todavia não verificou-se efeito significativo dos tratamentos com relação ao CDA da FB (CDAFB). A CGSM apresentou, quando fornecida como alimento único (T5), 65,39% de CDAMS, 68,28% de CDAFB e 67,05% de NDT. Conclui-se que a CGSM possui um alto valor nutritivo para ruminantes.
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