Eutanásia em pequenos animais: perspectivas éticas, legais e psicológicas na prática veterinária
Rocha, Natan FerreiraAntunes, Iany CandeiaBrandão, Thiago da SilvaSouza, Almir Pereira de
A pesquisa adotou uma abordagem exploratória transversal, utilizando um questionário disponibilizado no Google Forms® para médicos veterinários brasileiros, resultando em 70 respondentes. Os dados obtidos foram tratados de forma descritiva empregando o programa Jamovi®, versão 1.6 para Windows. Estes revelaram uma predominância do sexo feminino (55,7%) e uma concentração na faixa etária de 41 a 50 anos (35,7%). A maioria dos participantes (81,43%) indicou possuir alguma forma de pós-graduação, sugerindo interesse em especialização na área de atuação. A prática da eutanásia foi identificada como frequente entre os respondentes (80%), justificada principalmente por doenças terminais (75,7%) e dificuldades financeiras dos tutores (21,4%). No entanto, observou-se uma falta comum de treinamento específico para realização de eutanásia durante a formação acadêmica (65,7%), embora uma proporção significativa se considerasse apta para conduzir o procedimento (83%). Em termos emocionais, a eutanásia impôs uma carga psicológica considerável, refletida em sentimentos como tristeza (74,3%), responsabilidade pelo ato (72,9%), além de incômodo (42,9%) e culpa (22,9%). Conclui-se que medidas como apoio emocional, treinamento especializado e conscientização sobre os aspectos éticos e emocionais são necessárias para mitigar o impacto da eutanásia na saúde mental dos médicos veterinários, garantindo assim o bem-estar dos profissionais e a qualidade dos cuidados aos animais. Desta forma, objetivou-se com esse estudo analisar o conhecimento, as atitudes e as consequências da prática da eutanásia em cães e gatos por Médicos Veterinários no Brasil.
Texto completo