Efeito cicatricial da arnica montana em feridas induzidas em ratos Wistar
Oliveira, Caroline Stephanny Alves deParaguassu, Thalita MoreiraCunha, Guilherme Nascimento
Objetivou-se avaliar o efeito da arnica na cicatrização de feridas cutâneas induzidas em ratos Wistar. Foram utilizados 56 ratos machos saudáveis divididos em três grupos: controle (16 ratos), tratamento com gel de arnica (20 ratos) e tratamento oral com arnica (20 ratos). Após a realização de feridas no dorso dos animais, biópsias foram realizadas nos dias 3, 7, 14 e 21 pós-operatório para avaliação macro e microscópica das feridas. Os resultados macroscópicos mostraram o exsudato apenas no grupo controle no 3º dia pós-operatório, enquanto a coloração vermelha persistiu até o 7º dia em todos os grupos, exceto no de tratamento oral, que persistiu até o 14º dia. As crostas foram observadas somente até o 14º dia no tratamento oral. Prurido manteve-se apenas no 21º dia no grupo controle. Houve diferença estatisticamente significativa no tamanho das feridas entre os de tratamento e o controle. Não foram observadas diferenças estatísticas na quantidade de células de defesa nos grupos tratados. O grupo controle manteve epitelização parcial no 14º dia, enquanto os demais grupos apresentaram epitelização completa. A quantidade de fibroblastos mostrou-se estável no grupo controle no 14º dia, enquanto nos outros grupos apresentaram diminuição. As fibras de colágeno foram mais presentes nos grupos de tratamento, refletindo em uma organização mais eficaz. Conclui-se que o uso de Arnica no tratamento de feridas cutâneas estimulou colágeno e sua organização precoce, desempenhando com sucesso um papel fundamental na redução do tempo de cicatrização. No entanto, seu uso oral mostrou-se inferior aos encontrados pelo tratamento em Gel.
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