Corpo estranho esôfago-gástrico em um canino
Ribeiro, Renata BreunigSerafini, Gabriele Maria CallegaroLinhares, Marcella TeixeiraSocolhoski, Brenda Viviane Götz
A ingestão de corpos estranhos (CE) é recorrente na rotina clínico-cirúrgica de cães e gatos. São definidos como objetos inanimados, que não podem ser digeridos ou que são digeridos mais lentamente, obstruindo o trato gastrointestinal em diferentes graus. Nos cães, os CE mais observados são: ossos, plásticos, pedras, moedas, tecidos, linhas, gravetos, caroço de frutas, bolas, brinquedos pequenos e objetos metálicos como agulhas e anzóis. Após a ingestão de um CE, a sintomatologia apresentada varia de acordo com o grau de obstrução, tempo de permanência do objeto e se há presença de perfuração. O histórico do animal, a radiografia, a ultrassonografia e a endoscopia contribuem para o diagnóstico da afecção. Tais objetos, podem ser removidos por endoscopia ou pela abordagem cirúrgica via esofagotomia, gastrotomia ou enterotomia, tendo em vista o local de obstrução e o formato do CE. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi relatar um caso de ingestão de corpo estranho ósseo, em um canino macho de quatro meses de idade, submetido à remoção cirúrgica via gastrotomia, enfatizando o meio diagnóstico e a conduta clínico-cirúrgica empregada para o tratamento da afecção. A evolução clínica do paciente foi satisfatória, em virtude do rápido diagnóstico e conduta assertiva, bem como a ausência de complicações, como a perfuração esofágica ou gástrica.
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