Biocompatibilidade da membrana de colágeno extraído de pele de tilápia
Silva, Sophia Martins daSilva, Maria das Candeias SantosSilva, Renata Pereira daPaier, Carlos Roberto KosckyMoraes Filho, Manoel Odorico deLima Junior, Edmar MacielRodrigues, Felipe Augusto Rocha
Os dispositivos médicos a base de colágeno apresentam custo elevado e exclui a população dos benefícios auferidos. O colágeno de peixe tem sido estudado extensivamente como um biomaterial na regeneração de tecidos. Reconhecendo o grande valor da pele de tilápia-do-Nilo e o seu uso nas mais diversas áreas da medicina regenerativa, acredita-se que, isoladamente, o colágeno extraído e purificado pode ser empregado como uma alternativa terapêutica. Logo, é imprescindível garantir a integridade e segurança do colágeno de tilápia, prevenindo reações adversas no organismo. Portanto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a biocompatibilidade da membrana de colágeno extraído da pele da tilápia utilizando os modelos invitro e invivo. Para tanto, as membranas de colágeno previamente preparadas e esterilizadas foram submetidas ao ensaio de citotoxicidade pelo método do MTT utilizando células L-929 (fibroblasto murino). Os extratos foram testados na concentração única de 100%. No ensaio invivo, foram utilizados ratos Wistar que após analgesiados e anestesiados receberam uma peça de membrana de colágeno de pele de tilápia no plano subcutâneo em comparação com membrana colagenosa comercial (controle) e o grupo sham (controle salina). Os dados quantitativos foram calculados no programa GraphPad Prism®. O grupo experimental é atóxico e foi aprovado pela normativa ISO 10993-5:2009, demonstrando crescimento celular acima de 70%. Os parâmetros sanguíneos (plaquetas, hemácias, leucócitos e hemoglobina) demostram baixo potencial inflamatório comparado ao produto comercial. Demais análises histológicas em andamento elucidarão a característica biológica ímpar dos coprodutos da tilápia na sinalização biomolecular.
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