VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 88-98

Cloreto de sódio e formalina no controle de monogenóides de Colossoma macropomum na Amazônia peruana

Bocanegra, Gabriela TorresTuesta Rojas, Carlos AlfredoSousa, Alana Lislea deGuimaraes, José Lisbinio CruzMurrieta Morey, Germán Augusto

Colossoma macropomum é uma das principais espécies de peixes cultivadas na Amazônia peruana, sendo altamente demandada e aceita pela população local. Dentre os patógenos que parasitam peixes de água doce, destacam-se as espécies de Monogenoidea. Desta forma, o seguinte estudo teve como objetivo avaliar a eficácia do cloreto de sódio (sal) e formalina como tratamento contra monogenóides presentes em C. macropomum cultivado na Amazônia peruana. As espécies de Monogenoidea identificadas neste estudo foram Anacanthorus spatulathus, A. penilabiatus e Notozothecium janauachaensis. Testes in vitro e in vivo foram realizados no "Laboratorio de Parasitología y Sanidad Acuícola" localizado em Iquitos, Peru. Em relação ao ensaio in vitro, foram testados 20 e 30 mg ml -1 de sal e 0,005 e 0,008 ml ml -1 de formalina. O tempo médio de sobrevivência dos monogenóides foi de 5,06, 3,23, 10,11 e 6,86 minutos, respectivamente. Para o teste in vivo, foram utilizados 20 (T1) e 30 g L-1 (T2), 0,5 (T3) e 0,8 ml ml-1 (T4). Comparados com cada tratamento controle, todos os tratamentos utilizados apresentaram redução em seus índices parasitológicos. Quanto à eficácia de cada tratamento 29,9% foi registrado para T1, 63,43% para T2, 99,81 para T3 e 99,85 para T4. Os peixes expostos a diferentes concentrações de sal e formalina não apresentaram letargia dos sinais de hipóxia. Não foram observadas alterações comportamentais e todos os peixes (100%) sobreviveram durante o experimento. Desta forma, este estudo demonstrou a eficácia de usar sal e formalina nas quatro concentrações testadas.

Texto completo