Incidência de injúrias encefálicas em animais de companhia através de exame tomográfico
Carrera, Alefe CalianiMoreno, Isabela FerraroCeloto, Manuela GomesSprada, Aricia GomesRequena, RicardoPaula, Carla GomesJassniker, Julia Bortolon
As síndromes neurológicas relacionadas ao encéfalo apresentam ampla casuística em animais de companhia, tendo as mais diversas manifestações clínicas. O exame neurológico fornece informações acerca da localização da lesão; porém, a confirmação da mesma é alcançada com o auxílio de métodos de diagnóstico avançado. A tomografia computadorizada (TC) é um método eficaz e acessível para diagnóstico de alterações encefálicas. Desta forma, o objetivo desse estudo retrospectivo é traçar o perfil epidemiológico das lesões em encéfalo diagnosticadas através de TC na cidade de Maringá-PR. Laudos tomográficos, os quais foram realizados em centro de diagnóstico comercial; entre 01/04/2017 a 30/04/2020, foram compilados a fim de relacionar as espécies, lesões, raças e locais mais comuns. Foram realizados 1164 exames tomográficos no período avaliado, sendo 243 (20,88%) destinados ao crânio, com 225 laudos acessados. A espécie canina foi a mais avaliada (93,78%). O encéfalo foi o principal alvo dos exames (75,56%), onde 35,56% dos laudos constataram lesões encefálicas. Felinos sem raça definida (SRD) (100%) com 8±0,0 anos e caninos da raça Lhasa Apso (14,52%), com 7,93±4,65 anos, foram as raças e idades mais afetadas; em cada espécie estudada. Neoplasia (27,5%) foi a alteração mais identificada, enquanto os ventrículos laterais (37,5%) foram os locais de maior acometimento das lesões. Concluiu-se que o crânio é o segundo maior alvo das avaliações tomográficas, perdendo apenas para a coluna vertebral, e que alterações não-inflamatórias foram as mais frequentemente identificadas.
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