Esofagorrafia intratorácica com retalho diafragmático e de omento, no tratamento de perfuração em um cão
Socolhoski, Brenda Viviane GötzLinhares, Marcella TeixeiraSerafini, Gabriele Maria Callegaro
A ingestão de corpos estranhos é a principal causa de obstrução esofágica em cãs e gatos, podendo acometer qualquer porção do órgão, ao longo de seu trajeto. Na espécie canina, possui incidência alta e os objetos mais comumente encontrados são ossos, agulhas, gravetos de madeira, brinquedos de borracha, plástico e moedas. Os sinais clínicos tipicamente observados são a regurgitação, engasgos, odinofagia, ptialismo e disfagia. O diagnóstico se baseia no histórico, sinais clínicos, estudo radiográfico e/ou endoscopia. A esofagoscopia é o tratamento de eleição, exceto quando há evidências de perfuração esofágica. Cirurgicamente, os corpos estranhos podem ser removidos por meio de esofagotomia, esofagectomia ou gastrotomia. Complicações como deiscência e estenoses são comuns, após intervenções cirúrgicas no esôfago. Deste modo, pode-se fazer necessário o uso de técnicas de auxílio à cicatrização e vedação, como a mobilização de retalhos musculares e de omento. O prognóstico é favorável, tornando-se reservado na presença de complicações, como perfurações esofágicas. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de perfuração esofágica, secundária a corpo estranho em um cão da raça Pitbull Americano, enfatizando o meio diagnóstico e a conduta clinicocirúrgica empregada, para o tratamento da afecção, a qual mostrou-se efetiva, proporcionando a completa recuperação do paciente.
Texto completo