Origem e destinação da fauna silvestre: levantamento de dados no estado de Sergipe
Rodrigues, Paula GomesLima, Maricleide Menezes deSilveira, Daniele MatosGalina, André BealFraga, Danilo Helcio Alves GuidiceOliveira Junior, Gregório MuriloSilva, Camilla Mendonça
A biodiversidade da Região Nordeste Brasileira encontra-se ameaçada pela ação humana devido a atividades como o desmatamento e a retirada de espécies silvestres do seu ambiente de origem. Assim, objetiva-se, com esta pesquisa, realizar um levantamento descritivo acerca das ações de recebimento e destinação dos animais silvestres realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) no estado de Sergipe. Para isso, foram utilizados os dados provenientes dos registros de captura realizados pelo IBAMA/SE entre os anos de 2016 e 2020. Os animais que compunham esse banco de dados foram classificados conforme sua classe taxonômica, sendo: aves, répteis ou mamíferos. A origem dos animais que chegaram ao IBAMA foi subdividida da seguinte forma: oriundos de apreensão, de resgate ou de entrega voluntária. Já a destinação desses animais foi classificada como: óbito, soltura, cativeiro ou outros (quando não se enquadravam nas classes anteriores). Foi elaborado um banco de dados utilizando o software Excel®, e os dados foram analisados de maneira descritiva. Dos 5.247 indivíduos apreendidos ao longo do período estudado, a maior parte pertencia à classe das aves (81,9%), seguida pela dos répteis (16,4%) e dos mamíferos (1,7%). A apreensão foi a origem mais comum dos animais recebidos pelo IBAMA/SE em todos os anos avaliados; em segundo e terceiro lugar estão a entrega voluntária e o resgate, respectivamente. Para todas as classes taxonômicas, a principal destinação dos animais foi a soltura, enquanto o envio para cativeiros foi a alternativa menos frequente em todos os anos.
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