Utilização da ozonioterapia como tratamento da endometrite em égua
Vasconcelos, Juliana GomesSouza, Maria Eduarda Magalhães deAndrade, Amanda Bricio Pereira deColares, Julia CarrahTeles-Filho, Antônio Carlos de AlbuquerqueSalmito, Carminda Sandra Brito
Conformações perineais inadequadas estão frequentemente associadas à pneumovagina, predispondo animais a processos inflamatórios vaginais e uterinos. Dentre as patologias reprodutivas que acometem éguas, a endometrite é a que ocorre com maior frequência, com forte impacto negativo sobre os índices reprodutivos de um criatório. Para essa afecção, a ozonioterapia se apresenta como tratamento em potencial. Assim, este estudo objetiva relatar um caso de endometrite em égua Quarto de Milha, multípara, de 17 anos de idade, atendida no Hospital Veterinário Sylvio Barbosa Cardoso, da Universidade Estadual de Ceará. Durante a avaliação ginecológica, observou-se alterações na conformação vulvar e teste de Windsucker positivo, indicando pneumovagina. Foram coletadas amostras endometriais para exames laboratoriais, os quais apresentaram citologia com contagem de neutrófilos polimorfonucleares ≥30% e cultura negativa para fungos e bactérias. O exame histopatológico revelou fibrose intersticial endometrial crônica acentuada. Diante do diagnóstico de endometrite, iniciou-se o tratamento com lavagem uterina usando solução ringer lactato ozonizada, seguido por insuflação uterina com ozônio. O animal foi submetido à técnica cirúrgica de Caslick para correção da má conformação vulvar. Após o tratamento, a égua foi inseminada, resultando na coleta de dois embriões viáveis. Diante do exposto, o caso reforça a efetividade da ozonioterapia associada à Caslick para o tratamento de endometrite em éguas.
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