Disfunção cognitiva canina: tratamentos disponíveis
Alencar, Bárbara de Paula ArraisAlves, Priscila de AlencarChaves, Roberta Nogueira
A disfunção cognitiva canina (DCC) é uma enfermidade que causa alterações fisiológicas e comportamentais em cães idosos, e que apresenta uma fisiopatogenia semelhante à doença de Alzheimer (DA), que acomete seres humanos. Os sinais clínicos são representados pela sigla DISHA (desorientação, mudanças na interação com pessoas/animais, alterações no ciclo sono-vigília, falha no aprendizado/memória e nível de atividades alteradas). A principal forma de diagnóstico da doença é baseada em um questionário respondido pelo tutor, relacionado ao comportamento do animal. O tratamento é multimodal, consistindo basicamente em uso de fármacos, mudanças na alimentação, e enriquecimento ambiental e mental. Os fármacos utilizados são de diversas classes farmacológicas e agem diretamente em substâncias relacionadas com a fisiopatogenia da DCC, além de atenuarem alguns sinais clínicos da enfermidade. Essa ação dos fármacos é potencializada com a adição de alimentos específicos, enriquecimento do ambiente que o animal vive e estimulação mental, principalmente por meio de passeios. A união de todas essas modalidades de tratamento auxilia na melhoria do bem-estar do animal acometido. Como a disfunção não tem cura, o tratamento é longo e, muitas vezes, não é possível visualizar melhora evidente no animal. Dessa forma, alguns tutores acabam optando pela eutanásia. Apesar de ser frequente em cães idosos e haver uma ampla base literária acerca da DCC, não há um protocolo terapêutico específico. Sendo assim, há diversos tratamentos disponibilizados de forma isolada na literatura, fazendo com que os clínicos veterinários encontrem dificuldades para achar um compilado de informações em uma única fonte.
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