VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 76-92

Criopreservação e crioprotetores na proteção do espermatozoide suíno

Souza, Wildelfrancys Lima deAraújo, Lina Raquel SantosToniolli, Ricardo

O uso de sêmen congelado apresenta menores índices de concepção e menor número de leitões nascidos por parto. Isso ocorre porque a criopreservação acarreta variações de temperatura, alteração da permeabilidade espermática e processos oxidativos, sendo que o sêmen suíno apresenta, naturalmente, baixa capacidade antioxidante e sofre estresse oxidativo. No entanto, vários crioprotetores são utilizados para diversas espécies e já é descrito o uso de colesterol, carreado com ciclodextrina, e de aminoácidos, visando a melhoria do sêmen após o descongelamento. A adição de colesterol ao sêmen, previamente à criopreservação, mantém a integridade da membrana acrossomal e retarda a capacitação espermática, feito que pode ser facilitado com o carreamento por ciclodextrina. Em paralelo, pesquisas apontam a importância do uso de aminoácidos no sêmen, que formam uma camada de proteção térmica que preserva a integridade da célula espermática, além de apresentarem função osmorregulativa. Nesse sentido, a viabilização da criopreservação do sêmen suíno favorece o melhoramento genético, minimiza a transmissão de patógenos e possibilita a formação de um banco de germoplasma. Para tanto, faz-se necessário o aprimoramento do uso de crioprotetores em uma proporção ideal, que mantenha a integridade da membrana espermática e não prejudique a capacitação espermática e a reação acrossomal, necessárias para a fecundação.(AU)

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