Soroprevalência e fatores associados à infecção por Toxoplasma gondii em caprinos dos estados do Pará e do Maranhão, Brasil
Pires, Claudina Rita de SouzaDias, Hilma Lúcia TavaresCosta Júnior, Lívio MartinsTeixeira, Maria Audiléia da SilvaPrado, Robert Sanchez
A epidemiologia da toxoplasmose em caprinos na região amazônica e pré-amazônica tem sido pouco estudada, havendo necessidade de mais estudos para evitar perdas na produção de pequenos ruminantes (queda de peso, baixo rendimento de carcaças e perdas reprodutivas face aos casos de abortamento), principalmente no âmbito familiar, pois a caprinocultura é a principal renda dos pequenos produtores. Soro de 412 caprinos nos estados do Pará e Maranhão foram submetidos a reação de imunofluorescência indireta para anticorpos contra Toxoplasma gondii. Do total de amostras testadas, 97 (23,5%) dos soros foram positivos para T. gondii. Não foi observada diferença estatística entre a soroprevalência no Estado do Pará e Maranhão. A idade dos animais apresentou uma relação direta com a soroprevalência de Toxoplasma. No Pará, propriedades onde gatos se alimentavam de restos de placenta dos caprinos e acessavam ao aprisco tinham 2,5 vezes mais chances de serem soropositivos para T. gondii. No Maranhão, propriedades com mais de seis gatos e caprinos com idade superior a 24 meses tinham 4,5 e 2,0 vezes, respectivamente, mais chances de serem soropositivo para T. gondii. Nossos resultados demonstram que o manejo sanitário dos animais deve levar em conta a quantidade e acesso de gatos aos caprinos, e impedir o acesso e alimentação de gatos com placenta de cabras. Animais com idade superior a 24 meses também foram considerados um importante fator de risco associado à infecção pelo T. gondii em caprinos.
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