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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1-8

Utilização de anestesia total intravenosa em felino submetido a oóforosalpingohisterectomia

Sousa Filho, Marcos Antônio Cruz deCosta, Leticia Ferreira daVale, David Lopes doVago, Paula BittencourtAlmeida, Anderson Pinto

O presente estudo objetivou analisar um protocolo de anestesia intravenosa total para a realização de ovariosalpingohisterectomia em gato doméstico (Felis catus), fêmea, sem raça definida, com idade de 2 anos e pesando 3,425 kg. A medicação pré-anestésica foi realizada com maropitant (1mg/kg), metadona (0,3mg/kg), midazolam (0,3mg/kg) e dexmedetomidina (3mcg/kg), na indução foi utilizado propofol (4mg/kg). Na manutenção utilizou-se propofol (0,15mg/kg/h) e remifentanila (0,15µg/kg/min), ambos em infusão contínua. Como parâmetros, foram mensurados e avaliados eletrocardiograma, frequência cardíaca e respiratória, onda pletismográfica de pulso, oximetria, capnografia, temperatura, pressão arterial não invasiva sistólica, diastólica e média. Ademais, também foram avaliados o grau de sedação, qualidade da indução anestésica, tempo de recuperação e dor pós-operatória. A paciente apresentou grau de sedação satisfatório após a medicação préanestésica. Durante o período trans-anestésico observou-se constância no plano anestésico, alto grau de analgesia e relaxamento suficiente, além de estabilidade cardiovascular e hemodinâmica, permitindo a realização do procedimento cirúrgico sem intercorrências. A remifentanila promoveu intensa analgesia, permitindo que velocidade de infusão do propofol permanecesse na dose de 0,15mg/kg/h durante toda a manutenção anestésica. A infusão de cloridrato de remifentanila associado ao propofol provocou depressão respiratória, porém os demais parâmetros mostraram-se dentro dos padrões sugeridos para a espécie felina. No pós-operatório não houve complicações e a paciente apresentou tempo de recuperação rápido. O grau de dor pós-operatória observado foi considerado leve (3,3%). Sendo assim o protocolo empregado neste estudo foi seguro, visto as mínimas alterações fisiológicas que provocou, além de adequado para o procedimento de OSH em gatos.

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