Uso do propofol na anestesia intravenosa em equinos
Vago, Paula BittencourtSilva, Michelle Costa e
A anestesia equina apresenta elevada taxa de mortalidade em comparação com outras espécies animais e seres humanos, em parte devido à ampla utilização de agentes inalatórios como único agente anestésico, promovendo importante depressão cardiovascular e respiratória. A anestesia total intravenosa (TIVA), com uso de anestésicos e analgésicos exclusivamente pela via intravenosa, possui o propofol como principal agente e pode ser uma boa opção ao uso dos anestésicos voláteis. As propriedades farmacocinéticas do propofol permitem rápida recuperação após bolus intravenoso ou quando administrado em infusão contínua, com tentativas coordenadas e calmas para alcançar decúbito esternal, posição quadrupedal e com mínima ataxia. Contudo, é considerado um agente anestésico insuficiente quando utilizado de forma isolada, visto que apresenta efeito analgésico insatisfatório, moderada a acentuada depressão respiratória e hipotensão, imprevisibilidade na indução, como excitação, além dos altos volumes necessários para indução e manutenção. Dessa forma, a combinação de propofol com vários fármacos sedativos e analgésicos pode fornecer um método alternativo para melhorar a qualidade e a segurança da anestesia em equinos e, potencialmente, diminuir a dose total de fármaco necessária. Objetivou-se realizar essa revisão de literatura abordando o uso do propofol na anestesia intravenosa total em equinos, considerando a importância de um maior conhecimento acerca da técnica na referida espécie, visto que os dados na literatura ainda são poucos quando comparados a outras espécies animais.
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