VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 66-76

Qualidade da carne de coelhos oriundos de diferentes cruzamentos

Denardin, Ione TerezinhaDionello, Nelson José LaurinoBrum Júnior, Berilo de SouzaMello, Renius de OliveiraJardim, Rodrigo DesessardKlinger, Ana Carolina Kohlrausch

O objetivo deste estudo foi avaliar a composição centesimal, as fibras musculares e as características sensoriais da carne de coelhos de dois grupos genéticos, tendo um 25% da raça Chinchila e o outro 25% da raça Califórnia. Foram utilizadas carcaças de 180 coelhos, oriundos de dois cruzamentos: CH – coelhos filhos de machos híbridos (Gigante de Flandres e Prateado de Champagne) e matrizes híbridas (Nova Zelândia e Chinchila); e CF – coelhos filhos de machos híbridos (Gigante de Flandres e Prateado de Champagne) e matrizes híbridas (Nova Zelândia e Califórnia), distribuídos num delineamento inteiramente casualisado, com 90 repetições por tratamento. Para a análise das características de diâmetro de fibra e de composição centesimal, foram utilizados os músculos Semitendinosus e Longissimus dorsi. Para a avaliação de preferência de consumo e sensorial, foram utilizadas coxas desossadas e assadas. Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA). Percebeu-se que o diâmetro das fibras musculares é similar nos grupos CH e CF. Na análise sensorial, constatou-se que a cor da carne dos animais do grupo CH é mais escura que a dos animais do grupo CF. O odor, o sabor e a textura não diferiram entre os grupos. Ainda na avaliação centesimal, percebeu-se que a carne do grupo CF apresenta menos gordura e umidade e mais proteína que os animais do grupo CH. Diante do exposto, conclui-se que a carne de coelhos com 25% do sangue Chinchila é melhor que a de animais com 25% de sangue Califórnia, do ponto de vista da composição centesimal.

Texto completo