Leptospirose canina relacionada a sazonalidade no município de Uberlândia
Castro, Jacqueline Ribeiro deSouza, Mariana Assunção deSalaberry, Sandra Renata SampaioNaves, João Heider Frederico de FariaGuimarães, Ednaldo CarvalhoLima-Ribeiro, Anna Monteiro Correira
Objetivou-se avaliar a relação da frequência de cães sororeagentes a Leptospira spp. às variáveis climáticas do município de Uberlândia, Minas Gerais, bem como, determinar os principais sorovares presentes na população canina estudada. Devido ao contato direto existente entre o homem e os cães, estes são importantes fontes de infecção da leptospirose humana. A incidência da doença na América Latina aumenta associada ao crescimento desordenado da população e as condiçõesclimáticas que propiciam a manutenção do agente no meio, como altas temperaturas, umidade e ocorrência de enchentes. Foram examinadas 150 amostras, de soro sanguíneo de cães hígidos domiciliados e rurais, de ambos os sexos e várias idades, 75 coletadas no período das águas (Dezembro à Maio) e 75 no período seco do ano (Junho à Novembro). Todas as amostras foram submetidas ao exame de Soroglutinação Microscópica (SAM). As frequências de cães sororeagentes nos diferentes períodos foram comparadas e relacionadas com as variáveis: temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica, por meio do teste não paramétrico Qui-quadrado corrigido (p=0,05). Encontrou-se frequência de 38%, com o predomínio do sorovar Autumnalis (15,79%), seguido de Bratislava e Canicola (14,03%); Tarassovi (10,53%); Pomona e Icterohaemorrhagiae (8,77%). Notou-se uma diferença significativa na incidência da Leptospirose nos cães avaliados nos diferentes períodos do ano, com maior frequência no período chuvoso. Estes resultados apontam a necessidade da adoção de estratégias diferenciadas intensificando as medidas de controle e erradicação da doença, principalmente no período chuvoso em que ocorre a elevação significativa da leptospirose canina no município de Uberlândia, MG
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