Mensuração ultra-sonográfica e física da próstata canina
Gadelha, Carla Renata FigueiredoVicente, Wilter Ricardo RussianoSilva, Lúcia Daniel MachadoAlencar, Airton AraújoCampos, Ana Claudia NascimentoLima, Thiago SilvaDiógenes, Diego
Quarenta e dois cães, machos, sem raça definida e não orquiectomizados foram divididos em três grupos, de acordo com a faixa etária, sendo 11 animais de 1 a 3 anos (grupo A), 13 animais de 4 a 6 anos (grupo B) e 13 animais a partir de sete anos (grupo C). Cinco animais com alterações no parênquima prostático visíveis à ultra-sonografia foram agrupados separadamente (grupo D). Os animais foram submetidos à ultra-sonografia transretal e excisão da glândula após necropsia. As medidas ultra-sonográficas obtidas foram dimensões craniocaudais (CC) e ventrodorsais (VD). Após a excisão, a glândula foi pesada e foi realizado o exame biométrico, mensurando-se as dimensões comprimento, largura e altura. As dimensões da próstata obtidas por ultra-sonografiaforam semelhantes às obtidas por exame biométrico. Os animais mais velhos (grupo C) e os que apresentavam alterações prostáticas (grupo D) possuíam próstata significativamente maior, com dimensões craniocaudais de 34,2 mm ± 5,8 e 37,4 mm ± 5,5 e ventrodorsais de 22,9 mm ± 4,1 e 25,6 mm ± 4,7, para os grupos C e D respectivamente. Houve correlação positiva do comprimento (r = 0,81; p < 0,0001; r = 0,87; p < 0,0001) e altura (r = 0,43; p = 0,007; r = 0,86; p < 0,0001)da próstata com o peso da glândula, tanto na ultra-sonografia como no exame biométrico Houve também correlação positiva das medidas ultra-sonográficas com as medidas físicas do órgão (r =0,88; p < 0,0001, entre CC e comprimento; r = 0,4; p = 0,013, entre VD e altura). A ultrasonografia transretal é método eficiente para estimar o tamanho da próstata de cães e verificarlesões em seu parênquima.
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