Uso potencial de pigmentos bacterianos como drogas anticâncer e toxicidade reprodutiva feminina: uma revisão
Santos, André Luiz da ConceiçãoFerreira, Anna Clara AcciolyFigueiredo, José Ricardo de
Os compostos bioativos naturais obtidos de microrganismos têm despertado especial interesse da indústria nos últimos anos. Esta atenção ocorre em um momento em que o esgotamento de recursos naturais é pronunciado, e a aquisição de novos insumos e produtos bioativos de origem vegetal representa um desafio para as próximas gerações. Neste sentido, a prospecção para a produção e uso em larga escala dos pigmentos bacterianos tem representado uma importante estratégia para o desenvolvimento de novos produtos. Uma grande variedade de propriedades foi atribuída a estas substâncias, entre elas, o potencial terapêutico contra doenças importantes, como o câncer. Existe um consenso de que os protocolos quimioterápicos disponíveis são conhecidos por afetarem negativamente a fertilidade de pacientes com câncer. Grande parte dos efeitos deletérios da quimioterapia está relacionado à citotoxicidade das drogas usadas para este fim, que além das células cancerosas, afetam as células normais. Nesse sentido, as propriedades naturais atribuídas aos pigmentos bacterianos associadas à baixa citotoxicidade e relevante seletividade, os qualificaram como potenciais drogas anticâncer. No entanto, pouco se tem de informação a respeito da toxicidade reprodutiva destes novos e promissores compostos. Dessa forma, a presente revisão tem o objetivo de abordar os principais pigmentos bacterianos, suas utilizações potenciais como drogas anticâncer, bem como os seus possíveis efeitos tóxicos, sobretudo, sobre a gônada feminina.
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