Mamíferos em remanescentes florestais de mata atlântica, Barbacena, Minas Gerais
Batista, Thayná SilvaEstevão, Camila DornellasLima, Débora Caliari deSalvio, Geraldo Majela Moraes
A perda e fragmentação de habitats são as principais causas do declínio da biodiversidade, uma vez que as alterações das condições ambientais e ecológicas afetam diretamente a riqueza, a abundância e a distribuição das espécies. O presente trabalho teve como objetivo identificar mamíferos de médio e grande porte em três fragmentos remanescentes de Mata Atlântica, situados no Campus Barbacena do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IFSudesteMG). As espécies foram registradas por meio de parcelas de areia e busca ativa de vestígios diretos e indiretos. Foram identificadas 16 espécies distribuídas em seis ordens e 14 famílias, dentre elas, algumas vulneráveis e ameaçadas como Lycalopex vetulus (raposa do campo), Lontra longicaudis (lontra) e Callicebus nigrifrons (sauá). Canis familiaris (cão doméstico) e Didelphis sp. (gambá) foram mais frequentes nas parcelas de areia. O maior fragmento apresentou maior riqueza, com 15 espécies, 93,75% do total registrado no Campus. O número de espécies compartilhadas nas três áreas amostradas foi 31,2%. Os índices de similaridade registrados entre os fragmentos indicam que há necessidade de maior conectividade entre as áreas através da criação de corredores ecológicos, permitindo assim o deslocamento das espécies e, consequentemente, o maior fluxo gênico, favorecendo a manutenção de importantes serviços ecossistêmicos para a região. Apesar de pequena, a área de estudo desempenha importante papel na conservação dos mamíferos da região, preservando espécies de Cerrado e Mata Atlântica. Com o intuito de reduzir os impactos na fauna local, torna-se necessário a implantação de ações de manejo e conservação.(AU)
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