Características do parto e involução uterina em ovelhas nativas do Pantanal brasileiro
Fernandes, Carlos ECigerza, Cristiane FabianePinto, Guilherme dos SantosMiazi, CesarBarbosa-Ferreira, MarcosMartins, Charles Ferreira
O objetivo deste estudo foi descrever aspectos do parto e da involução uterina em ovelhas nativas do Pantanal. Foram estudadas 57 fêmeas pluríparas com cio sincronizado. Ao parto, avaliou-se sua classificação (simples ou gemelar), o tempo de expulsão da placenta, peso da placenta, total de diâmetro dos cotilédones, além do sexo e peso do cordeiro. A involução uterina foi avaliada pelo perfil leucocitário e de células de descamação (esfregaços cérvico-uterinos) e pela ultrassonografia uterina transretal nos dias 1, 7, 14, 21 e 28 dias pós-parto. O peso da placenta foi superior (P<0,05) nas fêmeas nascidas tanto dos partos simples quanto nos gemelares seguido pelo total de cotilédones. O tempo de expulsão da placenta e diâmetro dos cotilédones não diferiu (P<0,05) entre o sexo e parto. Os períodos 1, 7 e 14 dias pós-parto apresentaram valores superiores (P<0,05) para neutrófilos nos partos gemelares (78,5±9,5; 58,5±9,6 e 31,9±9,8, respectivamente). Macrófagos diferiram (P<0,05) nos períodos 1 e 14 para fêmeas com partos gemelares (12,5±1,6 e 6,7±1,6, respectivamente). A análise da regressão revelou ajuste quadrático (P<0,001) para o diâmetro, área e volume uterinos considerando todo o período pós-parto. As características observadas ao parto nas ovelhas nativas são semelhantes a ovelhas de outras raças. O perfil leucocitário e análise ultrassonográfica sugerem que a involução uterina nas ovelhas nativas do Pantanal varia entre 14 e 21 dias após o parto.(AU)
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