Biopsias luteais em vacas nelore
Martin, IanFujihara, Caroline JunkoMarques Filho, Wolff CamargoMaziero, Rosiara Rosárias DiasBiscarde, Carmo Emanuel AlmeidaFerreira, João Carlos Pinheiro
O presente estudo descreve uma técnica para obtenção de fragmentos luteais empregando-se a colpotomia. Os animais foram submetidos à anestesia epidural e no fórnix vaginal e, após dez minutos, realizou-se uma incisão no fundo vaginal com lâmina de bisturi, bem como procedeu-se à dissecção do tecido, até que fossem possíveis o acesso à cavidade pélvica e a tração dos ovários para o interior vaginal. Realizou-se, então, a colheita de biopsia luteínica, com o auxílio de uma pinça do tipo Yomann. Sinais de dor e estresse foram observados apenas em duas colheitas durante a incisão no fundo vaginal, a tração do ovário ou durante a biopsia luteínica. Contudo, esses sinais foram observados em dez colheitas durante a dissecção da parede vaginal e peritôneo. Registrou-se a ocorrência de ataxia em 38,81% colheitas, a qual esteve relacionada, normalmente, a um procedimento mais longo. As ataxias podem ser divididas em leve (15/26), moderada (6/26) e severa (5/26). A avaliação da presença de adesões ovarianas ipsilaterais à incisão realizou-se apenas até a quarta colheita, sendo notadas em dezesseis colheitas. O protocolo empregado mostrou-se um método seguro e eficiente na obtenção de fragmentos luteais. A baixa incidência de aderências permite o uso consecutivo das fêmeas sem interferência nas ovulações e colheitas subsequentes.
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