Efeito do manejo e de variáveis bioclimáticas sobre a taxa de gestação em vacas receptoras de embriões
Costa e Silva, Eliane Vianna daKatayama, Kamyla AyumiMacedo, Gustavo GuerinoRueda, Paola MorettiAbreu, Urbano Gomes Pinto deZúccari, Carmem Estefânia Serra Neto
Para verificar o efeito do manejo e do ambiente sobre a taxa de gestação de receptoras bovinas cruzadas zebu x europeu (n=94) de embriões Nelore registraram-se o comportamento e variáveis clínicas e climáticas durante o protocolo de sincronização de cio e no dia da inovulação. Foi determinada a concentração de cortisol plasmático (n=36) no D0, D9 e D16 do protocolo e de progesterona (P4) no dia da inovulação. Não houve diferença significativa entre fêmeas gestantes (GEST) e não gestantes (nGEST) quanto ao estágio de maturação e classificação do embrião, pelagem, comportamento ou entre embriões descongelados e fresco. A concentração média de cortisol variou significativamente entre D0 e D16 (P>0,001). A P4 do D16 foi menor nas nGEST (P<0,01). O índice de temperatura de globo e umidade foi elevado, indicando que os animais poderiam estar sob estresse por calor. As fêmeas GEST apresentaram menoremperatura de pele (P<0,01). A análise de regressão mostrou aumento da probabilidade de prenhez de cerca de 25% entre o início e o final da tarde (P=0,08). A menor concentração plasmática de progesterona no momento da inovulação e a maior temperatura da pele demonstraram o desconforto térmico e influenciaram negativamente a fertilidade das receptoras de embriões. O estresse térmico por calor afetou a probabilidade de prenhez de vacas receptoras de embriões sob condições tropicais.
Texto completo