Intervalos máximos entre captura e recaptura de morcegos no estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil
Eduardo Lustosa Esberárd, CarlosPEna Freitas, Gustavode Moraes Costa, LucianaNicolay Freitas, Lorena
Morcegos apresentam elevada longevidade, já sendo conhecidos indivíduos sobrevivendo por mais de 40 anos. No entanto, poucos dados estão disponíveis sobre as espécies da América do Sul. O objetivo desse trabalho é apresentar alguns registros de recapturas selecionados que apresentam pelo menos dois anos entre a captura e a recaptura. Estes dados envolveram cinco diferentes grupos de trabalho que realizam a marcação dos morcegos no estado do Rio de Janeiro e diferentes tipos de marcação, incluindo coleiras e anilhas de antebraço. Quatorze registros compreendendo os maiores intervalos registrados para o Rio de Janeiro e dez espécies (sete Phyllostomidae, duas Molossidae e um Noctilionidae) são discutidos. Foram observadas longevidades que alcançaram mais de 9,19 anos para Artibeus fimbriatus, 8,47 anos para A. obscurus e 6,50 anos para Sturnira lillium. Discute-se a importância de relatar as recapturas para conhecimento dos deslocamentos e da longevidade de morcegos no Brasil.