Identificação da microbiota fúngica em condutos auditivos de macacosrhesus (Macaca mulatta) mantidos em cativeiro
Brotto, Thais LinsAndrade, Márcia Cristina RibeiroGonçalves, Miguel Ângelo BrückGimenis, FlávioPina, Alexandre
Inúmeros fatores predisponentes podem acarretar doenças auriculares a partir de uma microbiota saprófita. A identificação da microbiota fúngica poderia auxiliar no diagnóstico e tratamento de micoses que possam se tornar patogênicas mediante um desequilíbrio homeostásico. Este trabalho objetivou identificar a microbiota fúngica saprófita no conduto auditivo médio de macacos rhesus (Macaca mulatta) clinicamente saudáveis, destinados à pesquisa biomédica. Quarenta macacos rhesus foram divididos em dois grupos. O grupo I foi formado por animais adultos, alojados em gaiolas individuais localizadas em containeres especiais de experimentação com temperatura e umidade controladas. O grupo II, originado da colônia de criação, foi formado por animais jovens, mantidos em ambientes livres, sem controle de temperatura e umidade. O cerúmen do conduto auditivo médio dos animais foi coletado através de swabs. A semeadura das amostras foi feita em placas de Petri contendo Agar Sabouraud com cloranfenicol 1 , lacradas com fita adesiva e incubadas à temperatura ambiente. Nos 20 animais do grupo I, foi encontrado o seguinte: Aspergillus (80), Candida (60), Cladosporium (5) e Rhochtorula (5). O grupo II apresentou uma diversidade maior de fungos: Cândida sp. (95), Aspergillus (20), Clachsporium sp. (60), Penicillium sp. (30), Rodotorulla sp., (15), Trychophytum verrucosum (5), Epidermophyton flocosum (5) e Scopulariopsis sp. (5). Estes dados serão úteis nos diagnósticos e tratamentos de otites e sugerem que os fatores climáticos podem ser responsáveis pelo grande número de fungos presentes nos animais do grupo II, que se encontram expostos às condições climáticas naturais.
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