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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Caracterização de doenças em potros clonados na Colômbia, o efeito das patologias da placenta no sucesso e sobrevivência de potros clonados de duas linhagens celulares diferentes

Ayala, Martha Susana FrancoEspinosa, Olimpo Oliver

Potros clonados nascidos em diferentes programas de clonagem nos EUA, na Argentina e, recentemente, na Colômbia sofreram diversas entidades patológicas durante a gravidez e o período neonatal. Essas entidades incluem abortos, natimortos, encefalopatia hipóxica-isquêmica e grandes remanescentes umbilicais e deformidade angular no membro anterior. Os objetivos deste estudo foram determinar que potros clonados sofrem de doenças semelhantes e apresentam a mesma taxa de mortalidade que potros não clonados e se existem diferenças entre potros clonados de duas linhagens celulares diferentes (células fibroblásticas e de medula óssea); e também, estabelecer se éguas portadoras de potros clonados de diferentes linhagens celulares apresentam parâmetros ultrassonográficos, paraclínicos e de perfil hormonal iguais aos de gestações tradicionais, além de determinar se há diferenças entre os potros clonados das duas diferentes linhagens celulares. Na análise das variáveis contínuas foram estabelecidas diferenças médias significativas nos três grupos de éguas no PCV, hemoglobina, contagem de eritrócitos, VCM, MCH, proteínas e globulinas séricas e na contagem de linfócitos p<0,05. Foi feita uma análise de risco para morbimortalidade associada à origem celular da linhagem celular do clone e sua gestação quando utilizados testes qui-quadrado sequencial e regressão logística e foi considerado estatisticamente significativo p< 0,05. Uma análise de componentes principais dos achados paraclínicos das éguas com o desfecho do potro e os parâmetros paraclínicos dos potros divididos por origem da gestação foi realizada para avaliar os componentes da variável resposta e sua dinâmica. Foram estudadas 34 gestações de clones de origem fibroblástica, 26 gestações de clones de origem medular óssea e 32 gestações de não clones. Verificou-se que a apresentação de doenças placentárias compatíveis com placentite foi significativamente mais frequente (p= 0,026) em éguas com potros clonados de linhagens celulares fibroblásticas. A sepse neonatal foi considerada a doença mais frequente e foi diagnosticada mais comumente em potros de origem fibroblástica ­ aumento do risco (OR 37) (p=0,0006). O risco de morte foi positivo e significativo com os potros da linha celular de fibroblastos (OR: 9,1. P<0,01) em comparação com os potros clonados de origem celular medular e potros não clonados. O risco de morte pode ser previsto no período neonatal e alguns indicadores encontrados neste estudo, como sinais relacionados à placentite, estão associados ao aumento da mortalidade neonatal e são mais frequentes em potros de origem fibroblástica.(AU)

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