Protocolo anestésico com propofol e isoflurano em urso-de-óculos (Tremarctos ornatus)
Pereira Júnior, Júlio RodriguesMacêdo, Marília Gabryelle Guimarães deHenrique, Fernanda VieiraFarias, Roberto CitelliNeri, Thiago Ferreira LopesMenezes, Flávia Ferreira de
O manejo de animais silvestres geralmente requer contenção química com uso de sedativos, tranquilizantes, anestésicos gerais ou drogas dissociativas. O urso-de-óculos (Tremarctos ornatus) é o único membro da família Ursidae característico da América do Sul. Há poucos relatos sobre os principais protocolos anestésicos utilizados nessa espécie. O objetivo do presente estudo foi relatar o uso de propofol e isoflurano, após sedação com tiletamina-zolazepam, em um urso-de-óculos cativo. Um urso macho de aproximadamente 15 anos e 120 kg (peso da balança) foi submetido à anestesia para tratamento de uma ferida ulcerada recorrente no pescoço. Foi inicialmente utilizada uma combinação de tiletamina e zolazepam injetados por via intramuscular. Devido à necessidade de prolongar o tempo anestésico, optou-se por administrar propofol 1% (4,0 mg/kg/IV), que se mostrou satisfatório quanto à inibição dos reflexos palpebrais e laringotraqueais, facilitando a intubação traqueal. O uso subsequente de isoflurano proporcionou manutenção adequada da anestesia, com sinais vitais dentro da normalidade para a espécie. Com base nos presentes achados, o uso de tiletamina/zolazepam, propofol e isoflurano mostrou-se satisfatório e as doses empregadas foram seguras para o urso-de-óculos (Tremarctos ornatus). A anestesia inalatória foi essencial para prolongar o tempo e manter a segurança durante todo o procedimento.(AU)
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