Efeito da mastite subclínica bovina sobre a produção de leite e desempenho econômico de fazendas leiteiras brasileiras
Goncalves, Juliano LeonelFreu, GustavoGarcia, Breno Luís NeryBarcelos, Melina MeloAlves, Bruna GomesLeite, Renata de FreitasMonteiro, Camylla PedrosaMartins, Cristian Marlon de Magalhães RodriguesTomazi, TiagoHogeveen, HenkSantos, Marcos Veiga dos
O objetivo deste artigo de revisão foi compilar os principais resultados obtidos em estudos brasileiros publicados em periódicos indexados, relacionados ao efeito da mastite subclínica (MS) sobre a produção e a rentabilidade de rebanhos leiteiros. Para isso, foram consideradas duas abordagens: (i) diagnóstico da mastite [com base na contagem de células somáticas (CCS) e na cultura microbiológica] e, (ii) estratégia de amostragem do leite (quartos mamários, amostras compostas de vacas e do tanque de rebanhos). A MS é a forma mais frequente de mastite em fazendas leiteiras, mas nem sempre seu impacto é compreendido adequadamente. A ausência de alterações visuais do leite, nos quartos mamários e/ou sistêmicas nas vacas acometidas dificulta o diagnóstico da MS, diminuindo a percepção das perdas e, consequentemente, levando os produtores a subestimarem os impactos na produção de leite e na rentabilidade dos rebanhos. O impacto da MS sobre a produção de leite e o desempenho econômico das fazendas leiteiras depende do patógeno causador da doença, do estágio da lactação e do número de parições das vacas. Assim, a estimativa das perdas causadas pela MS sobre produção de leite e o desempenho econômico das fazendas leiteiras pode ser usada para a tomada de decisões de implementação de medidas de controle da MS. De modo geral, o controle da MS requer a implantação de medidas especificas para cada rebanho, de acordo com o período em que há maior frequência de casos, o perfil de transmissão da doença e tipo de agente envolvido nos casos de mastite. Por isso, o monitoramento do rebanho pelo uso da CCS das vacas do rebanho, diagnóstico microbiológico de agentes causadores de MS, o uso de protocolos de secagem eficientes e medidas adicionais de manejo, são essenciais para o controle da mastite, qualidade do leite e desempenho econômico de fazendas leiteiras.(AU)
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