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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Biometria ocular em serpentes da espécie Python bivittatus mantidas em cativeiro

Agostinho, Inghrid Caroline CoutinhoMartins, Jessica AmancioBalbueno, Melina Castilho SouzaCoelho, Cidéli de PaulaMartins Júnior, Raul

Durante o desenvolvimento embriológico as pálpebras das cobras se fundem e não reabrem mais como nos mamíferos, elas se tornam transparentes formando uma escama ocular, uma estrutura transparente que cobre os olhos. A escama ocular tem como principal função fornecer uma barreira física para proteger o olho na ausência de pálpebras. O objetivo desse trabalho foi avaliar a biometria ocular das serpentes Python bivittatus. O exame ultrassonográfico ocular foi realizado com um aparelho de ultrassom Logic E, GE, Estados Unidos, com sonda linear 10-22 MHz, utilizou-se gel de condução para realizar o contato do transdutor com a córnea dos 4 animais avaliados. As medidas avaliadas foram a profundidade da câmara anterior, espessura da lente, a profundidade do vítreo e o comprimento axial do globo ocular. Foram realizadas imagens obtendo as medidas do comprimento axial do globo ocular, câmara anterior, espessura da lente e a profundidade do vítreo. As estruturas intraoculares medidas foram, respectivamente: 0,05 ± 0,02 cm para espessura da córnea no olho direito e 0,04 ± 0,007 cm no olho esquerdo, 0,11 ± 0,04 cm para a profundidade da câmara anterior nos olhos direito e esquerdo, 0,36 ± 0,07 cm para a espessura da lente do olho direito e 0,39 ± 0,05 cm do olho esquerdo, 0,35 ± 0,05 para a profundidade da câmara vítrea no olho direito e 0,31 ± 0,02 cm no olho esquerdo e 0,85 ± 0,18 cm para o comprimento do globo no plano axial no olho direito e 0,85 ± 0,14 cm no olho esquerdo. O conhecimento dos parâmetros anatômicos e oftalmológicos das serpentes é escasso e a incidência de doenças oculares ainda é pouco conhecida, o que torna necessário mais estudos relacionados ao tema.(AU)

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