Reconhecimento e avaliação comportamental da dor aguda em gatos: revisão de literatura
Pereira, Marco Aurélio AmadorCampos, Karina D´AngeloEvangelista, Marina CayetanoGonçalves, Lucas AlaiãoThurler, Rosana SouzaNagashima, Júlio KenGarcia Filho, Sérgio GrandisoliRibeiro, Clarissa MunizFantoni, Denise Tabacchi
Embora a dor seja considerada o quarto sinal vital e uma das manifestações mais comumente encontradas na prática médica veterinária dos animais domésticos, seu tratamento ainda é inadequado. A dor aguda pós-operatória tem suscitado grande interesse por seu potencial risco de cronificação caso não adequadamente tratada, podendo piorar a recuperação e a qualidade de vida do paciente. O gato é uma das espécies domésticas menos estudadas no que diz respeito ao reconhecimento e controle da dor, e algumas das dificuldades residem na avaliação e na percepção da dor. O consenso sobre os sinais comportamentais da dor nesta espécie publicado em fevereiro de 2016 considerou alguns sinais como confiáveis e sensíveis para a avaliação da dor em gatos, em toda uma gama de diferentes condições clínicas, porém afirma a necessidade da realização de estudos que analisem a sua validade e aplicabilidade clínica, especialmente em relação a diferentes intensidades de dor. Na tentativa de se quantificar a dor são utilizados vários tipos de escalas subjetivas tradicionais e outras que facilitam a avaliação da efetividade da analgesia, a partir da observação de sinais comportamentais espontâneos indicativos de dor, combinada a uma resposta qualitativa à palpação da ferida cirúrgica. Faz-se necessária a utilização de escalas específicas para o tipo de dor (aguda ou crônica) e para a espécie, de modo a minimizar a subjetividade e a parcialidade dos observadores e possibilitando uma melhor assistência ao paciente.(AU)
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