Torta de pinhão-manso (Jatropha curcas): implicações hepatotóxicas
Honorato, Claucia AparecidaSilva, Cesar José daFlores-Quintana, Carolina IsabelMendonça, SimoneNascimento, Camila AparecidaMarcondes, Vanessa MenegattiParente, Bruna OliveiraAraújo, Miguel Augusto Machado de
O pinhão-manso tem se destacado como oleaginosa potencial para a produção de biocombustível. A torta, coproduto da extração do óleo, poderia ser utilizada na alimentação animal. No entanto, algumas variedades de pinhão-manso são tóxicas, limitando sua incorporação em dietas animais. Objetivou-se neste estudo avaliar a hepatotoxicidade de dietas acrescidas de torta de pinhão-manso (Jatropha curcas) em ratos. Foram utilizados trinta e cinco (35) ratos Wistar (Rattus norvergicus) machos adultos com peso inicial de 352,1 ± 26,8 g. Os animais foram alimentados por 21 dias com as dietas: controle, 10, 25, 40 e 50% TPM. Na alimentação com 50% TPM os animais apresentaram-se prostrados e com piloereção. O desenvolvimento e a sobrevivência apresentaram diminuição conforme o aumento da inclusão de TPM nas dietas. Em ratos submetidos a 10 e 25% TPM houve aumento de 17,52% no índice hepatossomático em relação ao grupo controle. O aumento de TPM na dieta de ratos promoveu aumento da atividade das enzimas ALT e AST. A avaliação anatomo-histopatológica revelou que, independentemente dos níveis testados, a TPM na alimentação de ratos provoca hipertrofia dos hepatócitos, com redução das reservas energéticas. Este estudo demonstrou que a utilização de TPM resultou em diminuição do consumo de alimento associado à perda de peso devido ao quadro clínico de toxicidade demonstrado pelas alterações bioquímica e histopatológica no fígado. Conclui-se que a inclusão de torta de pinhão-manso na alimentação de ratos apresenta alto potencial hepatotóxico levando a lesões no parênquima hepático.(AU)
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