Avaliação de fatores de risco de cães sororreagentes à leptospira spp. e sua distribuição espacial, em área territorial urbana
Silva, Welligton Borges daSimões, Ligia BarrosoLopes, Ana Lúcia ScarelliPadovani, Carlos RobertoLangoni, HélioModolo, José Rafael
Objetivou-se avaliar os fatores de risco de cães sororreagentes à aglutinina antileptospírica e sua distribuição espacial, em uma área territorial urbana. Foram colhidas 1.000 amostras de sangue de cães, em 20 postos, distribuídos, homogeneamente, pela área territorial urbana de 32Km elevado a 2 da cidade de Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil. O diagnóstico foi realizado pela prova de soroaglutinação microscópica, com 24 sorovares de Leptospira spp. A análise estatística foi feita por meio do teste de Goodman, considerando-se o nível de 5% de significância. Para verificar-se a ocorrência de conglomerados, foi aplicado o teste de varredura espacial, processado por meio do programa SaTScan. Demonstrou-se que 17,9% dos soros reagiram à Leptospira spp. (p<0,0001). Quanto ao manejo de criação, os cães que tinham acesso à rua (22,14%) apresentaram-se (p<0,05) como os mais reagentes, em relação aos que não o tinham (14,83%). Os resultados da estatística de varredura apontaram apenas um conglomerado significativo, influenciado pela composição etária da população em risco. Incorporando-se cada uma das co-variáveis de sexo, raça e acesso à rua, à co-variável idade, verificou-se que o fator acesso à rua foi o que mais contribuiu para explicar o conglomerado encontrado. O acesso à rua e a idade mostraram ser os fatores de risco mais importantes no excesso de animais sororreagentes, no conglomerado encontrado, sendo o sorovar castellonis o que apresentou a maior taxa nas amostras sorológicas caninas da área territorial urbana. A identificação de um conglomerado com cães sororreagentes acima do esperado permite que sejam tomadas medidas preventivas localizadas.(AU)
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