Estudos biológicos e imunológicos de cinco amostras brasileiras do vírus da raiva
Bernardi, FernandaGomes, Antonio Albério de BarrosIto, Fumio HonmaiRichtzenhain, Leonardo JoséSoares, José Rodrigo MartinsHeinemann, Marcos BryanCortez, AdrianaSakamoto, Sidney MioshyMaiorka, Paulo César
Estudou-se em camundongos aspectos do comportamento biológico de amostras brasileiras de virus rábico isoladas de cão, bovino, eqüino, morcegos hematófago e insetívoro. Observou-se transmissão oral em camundongos alimentados com cérebros infectados de morcego insetívoro (8,82%), cão (8,57%) e eqüino (3,03%). O período de incubação médio para todas as amostras foi de 6 dias após a inoculação intracerebral, com sintomas variando, desde hiperexitabilidade (amostra canina), paralisia progressiva principalmente de membros posteriores e maior duração do curso clínico até a morte (eqüino) e morte repentina, sem sintomas aparentes (morcego insetívoro). Pela imunoistoquímica detectou-se produção de IFN nos cérebros dos camundongos inoculados com amostra de bovino e morcego insetívoro, TNF e iNOS nos animais infectados com amostra de cão, bovino e morcego insetívoro e reação astrocitária com aumento da expressão de GFAP em todas as cinco amostras. A eficácia de 2 vacinas comerciais inativadas, uma nacional e outra importada, para a proteção contra a infecção experimental em camundongos foi avaliada através dos testes NIH e CDC, usando as amostras de campo para o desafio. Não houve diferença significativa entre o desempenho das vacinas, quando comparadas para um mesmo teste de potência e amostra de desafio sugerindo que não há necessidade de se produzir vacinas com amostras isoladas de campo.(AU)
Texto completo