VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 391-396

Origem do plexo braquial de mocós (Kerodon rupestris wied, 1820)

Santana, Jailson JoséAlbuquerque, José Fernando Gomes deMoura, Carlos Eduardo Bezerra deCosta, Wirton PeixotoOliveira, Moacir Franco deBarreto Júnior, Raimundo AlvesMiglino, Maria Angélica

O mocó, Kerodon rupestris, um mamífero roedor da família dos cavídeos muito parecido com preá, é um animal altamente adaptado às condições de calor e de escassez de água e de alimento, principalmente nos períodos das grandes secas que assolam periodicamente a região do semi-árido nordestino. Verifica-se que na literatura há escassez de dados referentes à anatomia funcional dos mocós e, em especial de trabalhos envolvendo a anatomia do sistema nervoso. Objetivando elucidar o comportamento anatômico do plexo braquial de mocó e com o propósito de contribuir para o desenvolvimento da neuroanatomia comparada, procedeu-se esta pesquisa, na qual foram utilizados dez animais adultos de diferentes idades (nove machos e uma fêmea) que vieram a óbito no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS) da Escola Superior de Agricultura de Mossoró-ESAM. Após a fixação em solução aquosa de formol a 10,00 por cento, realizou-se a dissecação bilateral da origem dos plexos braquiais, sendo os resultados registrados em desenhos esquemáticos, e suas disposições agrupadas em tabelas para posterior análise estatística, fundamentada na freqüência percentual. Observando-se que o plexo braquial de mocó é resultante de comunicações estabelecidas, principalmente, entre os ramos ventrais dos três últimos nervos cervicais e dos dois primeiros nervos torácicos, havendo contribuição do quinto nervo cervical em 35,00 por cento dos casos. O plexo braquial originou-se mais freqüentemente a partir de C6, C7, C8, T1 e T2, consiguando-se em 40,00 por cento das dissecações.(AU)

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