Cortisol sérico, concentração de lactato e creatinina em cavalos de corrida Puro Sangue Inglês com diferentes idades e estágios de treinamento
Nogueira, Guilherme de PaulaBarnabe, Renato CampanarutBedran-de-Castro, João CésarMoreira, Alankardison FerreiraFernandes, Wilson RobertoMirandola, Regina Mieko SakataHoward, Denise Louise
[...] No presente estudo é investigada a relação entre creatinina, lactato e cortisol séricos em cavalos em treinamento. Vinte e três potras Puro Sangue Inglês foram utilizadas, divididas em 3 grupos de acordo com a idade e protocolo de treinamento: G1, 1-2 anos de idade (n=7) mantidas a pasto, G2, 2-3 anos (n=9) começando a ser montadas e G3, 3-4 anos (n=7) competindo no Jockey Club. Amostras de sangue foram colhidas semanalmente durante 6 meses próximo às 13 h, enquanto os animais descansavam. O cortisol foi quantificado através de kits comerciais (Coat-a CountÒ) e a creatinina sérica e o lactato foram avaliados através de um auto-analyzer, usando reagentes comerciais. Os resultados foram avaliados utilizando testes estatísticos não-paramétricos com nível de significância P<0,05. As concentrações de cortisol foram 149a + 7, 126b + 6, e 101c + 5 nmol/l, as concentrações de lactato foram 2,1a + 0,1, 2,0a + 0,1, e 1,75b + 0,1 mmol/l, e as concentrações de creatinina foram 125a + 2, 132a + 2 145b + 3 mmol/l nos grupos G1, G2 e G3, respectivamente. Somente o G2 apresentou uma pequena, mas significante correlação positiva do cortisol com o lactato e correlação negativa do cortisol com a concentração de creatinina. Foi possível concluir que o cortisol, lactato e a creatinina variaram em função da idade e do condicionamento físico. A diminuição do cortisol observada nos animais do G2, reflete o melhor condicionamento físico adquirido durante o treinamento, que pode ser inferido através do aumento da concentração de creatinina, relacionada a quantidade de massa muscular. A diminuição do cortisol observada nos animais do G3 pode também ser conseqüência do aumento da massa muscular em função do condicionamento, que repercutiu no aumento da creatinina, ou mudanças nos tipos de fibras musculares durante o treinamento.(AU)
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